Sempre existe, ao menos para mim, aquele súbito momento de decepção quando as férias terminam. Daquele tipo que chega quando notamos que as três semanas que viemos esperando ansiosamente por um semestre... acabaram.
Como assim? Tão rápido? Eu simplesmente acho que não é justo que os ponteiros do relógio corram enlouquecidamente pelo mês de julho, para então se arrastar até dezembro outra vez. Mas, mesmo assim, contra minha vontade, ele acelera.
E aí, você olha para trás e tem a sensação estranha de que ontem estava na aula, e a sensação mais esquisita ainda de que muito tempo se passou desde lá. E as duas lutam entre si, bagunçando a sua cabeça, mas não há mais o que fazer além de arrumar sua mochila e voltar para a escola.
Não que não goste de estudar. Aliás, na faculdade, gosto muito - no ensino médio coisas como física e química realmente me deprimiam, tornando tudo muito pior. Também não nego a diversão de reencontrar os amigos, de conhecer novos colegas, de conversar no intervalo. São todas coisas ótimas. O que destrói meu bom humor não é o acontecimento em sim: é o fato de sempre parecer, no final, que as férias não atingiram minhas expectativas.
É minha culpa, eu sei. Porque por mais que passe semanas maravilhosas (e outras nem tanto) eu sempre espero demais. Fantasio demais. Minha imaginação voa tão alto nos dias que precedem julho que nem se o Johnny Depp caísse na minha frente, lindo e solteiríssimo, e me levasse para as praias do Caribe, eu estaria satisfeita. Tá, mentira, é claro que eu ficaria exultante. Entretanto, como um acontecimento assim nunca se tornou realidade, passo a esperar fatos menores - viagens perfeitas em família, dias divertidos e ensolarados, saídas com aqueles amigos que não vejo há tempos.
Ainda assim, as viagens têm dias ruins, chove, você torce o tornozelo, o assunto acaba, ou você pega uma gripe.
E isso, por mais que eu queira evitar, é normal. Mas não muito empolgante.
A pior parte é que acho que meu problema não tem cura. E também não sei se é de todo ruim - talvez haja algo de positivo em esperar coisas boas, mesmo que nem todas aconteçam. Provavelmente, quem anseia por bons momentos, visualiza-os em sua mente, faz planos para o futuro, vive melhor que um pessimista. Se aprender a lidar com as decepções.
Confesso que ainda não me aperfeiçoei nessa parte: aceitar as imperfeições da vida. Deve ser porque leio histórias demais, ou vejo muita televisão. Ou é um defeito genético, que me faz constantemente esperar que contos-de-fadas se tornem realidade. Mas vou chegar lá.
Ao menos por enquanto, minha imaginação é um lugar muito mais divertido.
Como assim? Tão rápido? Eu simplesmente acho que não é justo que os ponteiros do relógio corram enlouquecidamente pelo mês de julho, para então se arrastar até dezembro outra vez. Mas, mesmo assim, contra minha vontade, ele acelera.
E aí, você olha para trás e tem a sensação estranha de que ontem estava na aula, e a sensação mais esquisita ainda de que muito tempo se passou desde lá. E as duas lutam entre si, bagunçando a sua cabeça, mas não há mais o que fazer além de arrumar sua mochila e voltar para a escola.
Não que não goste de estudar. Aliás, na faculdade, gosto muito - no ensino médio coisas como física e química realmente me deprimiam, tornando tudo muito pior. Também não nego a diversão de reencontrar os amigos, de conhecer novos colegas, de conversar no intervalo. São todas coisas ótimas. O que destrói meu bom humor não é o acontecimento em sim: é o fato de sempre parecer, no final, que as férias não atingiram minhas expectativas.
É minha culpa, eu sei. Porque por mais que passe semanas maravilhosas (e outras nem tanto) eu sempre espero demais. Fantasio demais. Minha imaginação voa tão alto nos dias que precedem julho que nem se o Johnny Depp caísse na minha frente, lindo e solteiríssimo, e me levasse para as praias do Caribe, eu estaria satisfeita. Tá, mentira, é claro que eu ficaria exultante. Entretanto, como um acontecimento assim nunca se tornou realidade, passo a esperar fatos menores - viagens perfeitas em família, dias divertidos e ensolarados, saídas com aqueles amigos que não vejo há tempos.
Ainda assim, as viagens têm dias ruins, chove, você torce o tornozelo, o assunto acaba, ou você pega uma gripe.
E isso, por mais que eu queira evitar, é normal. Mas não muito empolgante.
A pior parte é que acho que meu problema não tem cura. E também não sei se é de todo ruim - talvez haja algo de positivo em esperar coisas boas, mesmo que nem todas aconteçam. Provavelmente, quem anseia por bons momentos, visualiza-os em sua mente, faz planos para o futuro, vive melhor que um pessimista. Se aprender a lidar com as decepções.
Confesso que ainda não me aperfeiçoei nessa parte: aceitar as imperfeições da vida. Deve ser porque leio histórias demais, ou vejo muita televisão. Ou é um defeito genético, que me faz constantemente esperar que contos-de-fadas se tornem realidade. Mas vou chegar lá.
Ao menos por enquanto, minha imaginação é um lugar muito mais divertido.
P.S.: Minhas aulas voltam dia 27. E, para falar a vedade, minhas férias foram ótimas. Pena que o Johnny não apareceu...